terça-feira, novembro 09, 2004

Força

Solta-te força que estás vedada
Quebra as correntes que te prendem ao nada
Explode e devora essa vontade que não a tua
Delicia-te, sobeja a verdade nua

Deixa-te jorrar para além do fim
Além da morte da esperança
Vinca os teus passos em mim
Marcha em frente porque assim não cansa

Agora que o teu domínio que é o topo
Vai! É o principio da escalada
Eleva-te acima do imaginário
Onde sem fim és desejada

sexta-feira, novembro 05, 2004

Volta

Amor que foges de mim
Chora mundo que eu não consigo

Sofrimento, dor de mudança
Afasto-me, e não procuro distância

Chama-me e repele quem me chama
Não sou que caminha para longe de mim

Grito, Volta!

Dou assim por mim parado na lucidez...

Amor soas-me tão vago...
Escuto as recordações falarem de ti
Oferecem-me uma falsa vontade

Só me protege num nada
Que afasta-me de tudo
O que é corrente desalinhada

quinta-feira, novembro 04, 2004

Nascimento

Estou aqui em mim
Estou a nascer......

Não!

Não, não grito.....Choro!
Salva-me som maldito
Da florescida morte.

Recordo-me de não existir nada
Só uma brisa pausada
Que se derrama sobre mim

Limpa-me de um mundo magno
Deixa imperar a vontade dos puros
Para toda a eternidade

Ver o conhecimento escoar no tempo
Afunilar-se no nada
Desejo reforçado de egoísmo

Cresce solto em mim
Recorda-me assim aquele doce nada
Voz de uma paz imaculada

segunda-feira, novembro 01, 2004

A ti mulher

Amo-te a ti mulher
Que ouves o meu todo cair por ti
As tuas mãos que me agarram a alma
Destronando-a de um lugar
Que pensava escapar ao teu feitiço

Volto a clausura da tua vontade
Onde me alimentas com sementes de esterilidade
E mais falsa esperança que dizes ser liberdade

Liberdade de encher o peito de ar
Soltar então uma melodia
Que afaste toda a imagem fria

Novo alento, mais alegria
Torno-me feroz guerreiro
Volto a lutar pelo teu amor
Ferido, mal amado

Corro para ti mulher
Nunca desertor, nunca cansado

Seguem as palavras...

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